“Quando Deus é expulso do Templo, o Diabo faz morada”
“Jesus entrou no Templo e expulsou os que vendiam e compravam.” (Mc 11,15)
Vivemos num tempo terrível: o homem moderno quer religião sem sacrifício, fé sem dogmas, Cristo sem a Cruz.
Em nome da inclusão, expulsamos Deus; em nome da tolerância, tornamo-nos intolerantes com a Verdade.
Foi exatamente isso que Jesus viu ao entrar no Templo: homens reduzindo o sagrado ao utilitário, transformando a casa de Deus num teatro de interesses. E então, o Cordeiro se torna Leão: chicoteia mesas, levanta a voz, fere os sentidos para despertar as almas.
A ira de Cristo foi santa. Porque o que estava em jogo não era dinheiro, mas o sentido do templo: o culto ao Pai.
Se Cristo retornasse hoje a muitos de nossos templos, Ele não encontraria apenas vendilhões, mas ídolos — em madeira e ideologia.
Ele veria a Pachamama entronizada, os altares voltados ao homem, não a Deus; veria pastores se dizendo católicos enquanto negam tudo que é católico.
E o mais grave: veria um povo anestesiado, que aceita a profanação como evolução, que confunde a destruição da fé com “abertura ao diferente”.
Em 2019, a Casa de Deus se abriu a deuses falsos.
Mas os deuses dos pagãos — dizia São Paulo — são demônios. (1Cor 10,20)
E quando o templo é entregue aos demônios, não pensemos que Deus permanecerá ali. O Espírito Santo não habita onde reina a mentira.
Logo após purificar o Templo, Nosso Senhor avista uma figueira com folhas, mas sem frutos. Ele a amaldiçoa.
Muitos se incomodam com esse gesto de Cristo. Ele, tão manso, agora parece “injusto” com uma árvore. Mas não — essa figueira era símbolo da religião sem alma. Tinha aparência (folhas), mas não tinha vida (frutos).
Hoje temos igrejas com comitês, estruturas, departamentos, documentos, sinodalidades... mas onde está a fé? Onde está a santidade?
Temos padres que não pregam mais o inferno, bispos que não falam mais de salvação, teólogos que duvidam da Ressurreição.
Essas instituições — como a figueira — secarão.
Curiosamente, enquanto o templo era profanado, o lugar da Última Ceia foi uma casa.
Enquanto os grandes centros religiosos estavam corrompidos, o Espírito de Deus falava aos fiéis no silêncio do lar.
E assim hoje, como no início da Igreja, as casas dos justos tornam-se templos vivos. Onde um pai de família ensina o Catecismo, onde uma mãe consagra o lar à Virgem, onde as crianças rezam o Terço — ali está a nova Jerusalém, feita de pedras vivas.
“A Igreja sairá mais pequena, mais espiritual e mais fiel” — disse o verdadeiro Papa, Bento XVI.
E não é isso o que vemos nas igrejas domésticas do Remanescente?
Quando Deus purifica, Ele o faz com força. Ele não negocia com o erro.
Se Cristo usou um chicote, não foi porque odiava, mas porque amava demais para tolerar a mentira.
E a Igreja, se ama de verdade, precisa hoje também levantar a voz.
Mas quem o fará? Os grandes clérigos não podem. Estão amarrados.
Então Deus suscita os pequenos, os escondidos, os domésticos.
Hoje temos dois templos:
• o templo dos homens, cheio de ídolos, discursos, e folhas sem frutos;
• e o templo de Deus, escondido nas casas dos humildes, onde ainda reina a fé.
Jesus passará pelos dois. E levará consigo apenas um.
“Senhor, não sou digno que entreis em minha casa… mas dizei uma só palavra — e esta casa será Vosso templo.”
Reze o Santo Terço todo dia Ao Vivo na Hora do Terço com a paróquia das igrejas domésticas.
Paróquia Sagrada Face de Tours:
Canal no youtube: www.capeladasagradaface.com.br
Reze com a paróquia das igrejas domésticas.
- Terço da Misericórdia: 14:50h
- Liturgia das Horas: 6h - 12h - 18h - 21:30h
- Exorcismo de São Miguel: 3h e 6:30h
- Terço da Sagrada Face: meia-noite
- Terços e orações: às 7h e 21h
Paróquia Sagrada Face de Tours: o dia todo rezando com você
Uma paróquia de leigos para leigos, criada por Nosso Senhor.
Prof. Emílio Carlos
Pároco Leigo
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